Ataque a Montenegro foi “ato cobarde e não pode voltar a acontecer”, considera Ventura
O presidente do Chega considerou hoje “um ato cobarde” o ataque de um ativista com tinta verde a Luís Montenegro, durante a campanha da Aliança Democrática (AD), na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).
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André Ventura manifestou solidariedade com Montenegro e declarou que este tipo de ataques “não pode ficar impune”. E sublinhou: “Não há nenhum político que aceite debater sob chantagem ou debaixo de violência, por isso, espero mesmo que não volte a acontecer com nenhum candidato, de esquerda ou da direita”.
Luís Montenegro, líder da AD, foi atingido na cabeça com tinta verde, num ataque que já foi reivindicado pelo movimento Greve Climática e cujo atacante foi detido no local pela PSP.
“Acho lamentável aquilo que aconteceu hoje. Espero que não volte a acontecer nesta campanha. Este tipo de ações não pode continuar com a impunidade que temos visto em vários sítios do país, contra vários políticos”, disse à chegada a Viana do Castelo, onde decorre um almoço-comício do partido, considerando: “Isto é mau para a causa e dá uma ideia de democracia que não é a que nós gostamos. Espero que não se repita e que haja bom senso por parte de quem tem causas”.
“É um enorme constrangimento que cria a qualquer campanha, é um ato cobarde e, portanto, a minha solidariedade hoje com Luís Montenegro”, frisou.
Questionado pelos jornalistas se teme que lhe possa acontecer algum ataque semelhante, respondeu: “Não temo, espero que não aconteça, porque acho, sinceramente, que não é um ato positivo para a democracia. Não gera nenhum debate se nos atirarem com tinta ou outra coisa qualquer”. E comentou ainda que um ato como o de hoje contra o líder da AD, “dá um sinal à sociedade de que isto são atos legítimos de fazer contra candidatos”.
Quanto a eventuais situações de violência que possam ocorrer durante a campanha do Chega, André Ventura, declarou: “Espero que não haja. O que tem acontecido até agora, mesmo os que não gostam do Chega, protestam, metem cartazes, o que é legítimo. Tenho tido várias manifestações, são legítimas e podem existir. Outra coisa é passar de uma manifestação legítima para atacar-me a mim ou a outro candidato qualquer”.