Atletas portugueses transplantados celebram a vida em competição europeia
Portugal é, pela primeira vez, anfitrião dos Jogos Europeus para Transplantados. Provas decorrem a partir de domingo em Lisboa, Oeiras e Cascais. O transplante bipulmonar levou Pedro Grilo às corridas. A competição fez de Dora Saraiva, transplantada renal, uma praticante de petanca.
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São atletas de várias gerações e nacionalidades diferentes, unidos pela gratidão que a quem lhes permitiu viver uma segunda oportunidade. Cerca de 500 transplantados de coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim, medula óssea ou insuficientes renais em diálise, de 28 países, desafiaram-se a participar nos Jogos Europeus para Transplantados 2024, que arrancam no domingo. É a primeira vez que Portugal acolhe a competição multidesportiva, no ano em que se celebra o 55.º aniversário do primeiro transplante de um órgão vital no país, neste Dia Nacional da Doação de Órgãos e Transplantação.
O desafio partiu do Grupo Desportivo de Transplantados de Portugal (GDTP) que, contra todas as barreiras, organizou a estreia dos jogos em Portugal com a missão de promover a prática de exercício físico após o transplante e a “doação de órgãos, nomeadamente em vida, de rim e de fígado, e de medula óssea também”, explicou, ao JN, Sofia Santos, presidente daquela associação desportiva. Da organização fazem ainda parte as federações europeias de Desporto de Transplante e Diálise e de Transplante de Coração e Pulmão.