As obras de requalificação e duplicação do IP3 só devem ser concluídas em 2026, dois anos depois da data prometida pelo Governo.
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A convicção é do presidente da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões (CIMVDL), que ontem reuniu com responsáveis das Infraestruturas de Portugal (IP)a propósito do projeto de intervenção para aquela que é conhecida como "a estrada da morte".
Segundo Fernando Ruas, "se tudo correr bem a obra pode ser lançada no final do próximo ano". "Estamos perfeitamente convencidos que não haverá a ligação completa antes de 2026", frisa o também presidente da Câmara de Viseu, acrescentando que quando apresentou esta data à IP, após as informações que lhe foram transmitidas, não foi desmentido por qualquer elemento da empresa pública.
O prazo das obras vai derrapar e o preço também, de tal forma que ninguém apontou valores para a empreitada devido à instabilidade vivida no setor da construção. Fernando Ruas não é contra a intervenção que está projetada para o IP3, mas continua a defender a construção de uma autoestrada entre "as duas maiores cidades do interior do país".
"Percebemos que em tempos de crise se tivesse optado por uma solução minimalista, mas numa altura em que se diz que a Administração Central terá dificuldade em usar todas as fontes financeiras, será que não era possível encontrar montantes para fazer a autoestrada?", questiona, referindo que se não for agora "nunca mais" avançará a autoestrada. "É uma situação injusta e humilhante", afirma.
Encerrado ao trânsito
Na reunião com a IP, a comunidade ficou ainda a saber que o IP3 vai estar cortado ao trânsito na zona da Livraria do Mondego, durante três semanas, em fevereiro, para trabalhos de correção de um talude. Os automobilistas que circulam no sentido Coimbra - Viseu terão como alternativa a Estrada da Beira. Já no sentido Viseu - Coimbra os condutores recorrerão à ligação entre o Luso e a Mealhada. Em ambas as situações terão pela frente pelo menos mais 20 quilómetros.