As situações de perseguição e assédio sexual no trabalho são alguns dos novos casos relatados à associação Quebrar o Silêncio. Denúncias originaram 10 queixas-crime só em 2024.
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A Quebrar o Silêncio recebeu 830 pedidos de ajuda de homens e rapazes vítimas de violência sexual nos últimos oito anos, números que “têm vindo a aumentar”. “No primeiro ano (2017), registámos 74 pedidos e agora estamos com uma média de 10 a nove por mês”, diz ao JN Ângelo Fernandes, fundador da associação. Os casos de vítimas mais jovens estão a crescer e há relatos “cada vez mais diversificados”. No último ano, surgiram mais situações de perseguição, importunação sexual e assédio sexual no local de trabalho.
Em 2024, os pedidos de ajuda resultaram em “cerca de 10 queixas-crime” e “três casos estão em tribunal”, números que são “sempre muito residuais” porque a maioria dos crimes já prescreveram. “A prescrição é de um ano, muito pouco tempo para as vítimas, na esmagadora maioria dos casos não temos possibilidade de denunciar na Justiça”, diz o dirigente.