Danos com fenómenos climáticos extremos já representaram 12% dos casos de seguradora nos primeiros sete meses deste ano.
Corpo do artigo
O número de sinistros relacionados com inundações e tempestades aumentou. De acordo com a seguradora Zurich, no ano passado, 8% dos sinistros registados em Portugal pela empresa foram relacionados com este tipo de situações e, entre janeiro e julho deste ano, a fatia subiu para os 12%. Rosário Lima, diretora de sinistros da seguradora, diz que é “fundamental trabalharmos na resiliência climática das cidades e das comunidades”, numa altura em que a “frequência e severidade” das inundações em Portugal deixam um “impacto devastador nas casas e na qualidade de vida” das pessoas.
O impacto deste tipo de situações é notório. Em dezembro de 2022, nas inundações que afetaram sobretudo a região de Lisboa, a Zurich registou mais de 1200 sinistros com indemnizações, no valor de cerca de quatro milhões de euros (neste mês, 34% do total dos sinistros registados foram relacionados com tempestades e inundações). Já nas inundações de janeiro de 2023, que afetaram maioritariamente a Zona Norte, a mesma seguradora registou mais de 350 sinistros (26%), com indemnizações que chegaram perto dos 500 mil euros.