Esta semana foram servidas uma média diária de 29 mil menus em regime "takeaway".
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O número de refeições servidas em regime de takeaway nas escolas a alunos da Ação Social Escolar continua a aumentar e já é quase o triplo das que foram distribuídas, em período equivalente no ano passado.
De acordo com dados enviados ao JN pelo Ministério da Educação, o número "aumenta a cada dia": na primeira semana da pausa letiva, foram servidas uma média diária de 21 mil refeições nas 700 escolas de acolhimento; na segunda semana, esta média foi superior a 29 mil, tendo chegado às 31 mil refeições quarta-feira. Comparativamente, na segunda semana da pausa letiva de abril, foram servidas uma média de 10 mil refeições - um aumento de quase 300%.
Fora dos serviços essenciais
O número de alunos, filhos de trabalhadores de serviços essenciais, também já é superior ao do ano passado. Na primeira semana, as escolas receberam uma média diária superior a 1600 alunos, na segunda mais de 2400, "tendo ultrapassado os 2600 esta sexta-feira". Em 2020, o número aumentou desde o fecho das escolas, em março, tendo atingido uma média superior a 1100 no final do ano letivo. O Governo, recorde-se, este ano, alargou a lista de serviços essenciais de 116 para 140.
O aumento do número de alunos está a levar a "constrangimentos" que não surgiram no ano passado, admite a presidente do SIPE. Júlia Azevedo já recebeu queixas de professores, especialmente do 1.º Ciclo, convocados para apoiar alunos nas escolas de acolhimento que têm de assegurar aulas online à sua turma e de docentes que têm de dar aulas em regime misto - presencialmente na escola, para os que lá estão, em direto para os que estão em casa. O problema agrava-se, frisa, por alguns ainda terem filhos menores de 12 anos que não podem deixar nas escolas de acolhimento por os professores não estarem na lista. Federações e diretores reclamam, aliás, uma solução para os professores com filhos menores de 12 anos.