Lugares nos cursos de Educação Básica não chegam, no total, aos mil. Setor alerta para saída acelerada de docentes e pede valorização da carreira.
Corpo do artigo
Com o país a formar metade das necessidades de docentes, o reforço residual dos cursos de Educação Básica em 38 vagas, para um total de 993, caiu como um balde de água fria entre sindicatos do setor e diretores escolares. Que anteveem um agravamento da situação já no próximo ano letivo, tendo em conta que só neste primeiro trimestre se aposentaram cerca de mil professores. Numa altura em que há milhares de alunos ainda sem professor.
As contas são da Federação Nacional da Educação (FNE), estimando que, a este ritmo, o ano feche com mais de cinco mil saídas, naquele que será o “valor mais elevado do milénio”. Para Pedro Barreiros, com o atual número de jovens que saem todos os anos profissionalizados para o ensino, “temos um défice na ordem dos 3500 professores”. Vincando o secretário-geral da FNE que “a educação está em risco”.