Autarcas de Coimbra e Leiria pedem fiscalização a empresa de recolha de lixo
Municípios das regiões de Coimbra e Leiria criticam aumento, desde 2020, de 160% do preço da gestão de resíduos por parte da empresa e dizem que não podem fazer nada para defender os munícipes que não seja queixarem-se, como já fizeram ao Governo. Atacam igualmente a entidade reguladora (ERSAR).
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As comunidades intermunicipais (CIM) de Coimbra e de Leiria, que representam 29 concelhos, vão pedir ao Tribunal de Contas para fiscalizar o contrato de concessão da Ersuc-Resíduos Sólidos do Centro, S.A., a empresa que faz a recolha e tratamento do lixo, “detida maioritariamente pela EGF do grupo Mota Engil (51%) com participação minoritária dos municípios (49%)”. As CIM acusam a Ersuc de um “aumento brutal e injustificável do preço”, na ordem dos 160%, entre 2020 e 2025, que se vai refletir no valor cobrado aos moradores.
“É importante que os munícipes das regiões de Coimbra e Leiria saibam que a responsabilidade do aumento do preço da recolha e tratamento do lixo é da Ersuc, que contou com a aprovação da ERSAR, a entidade reguladora, que surpreendentemente aceitou um aumento de 75 para 110 euros por tonelada, deste ano para o próximo. As Câmaras estão obrigadas a aceitar estes valores, por isso, a população quando protestar, tem de o fazer junto da Ersuc e da ERSAR”, resumiu esta quinta-feira o presidente da CIM de Coimbra, Emílio Torrão, também edil de Montemor-o-Velho, numa conferência de imprensa, onde também esteve o líder da CIM da Região de Leiria, Gonçalo Lopes, igualmente presidente da Câmara de Leiria, e ainda António Franco, autarca da Mealhada, onde se realizou o encontro com os jornalistas.