ANTRAL não percebe diferenças para autocarros e carrinhas.
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O impedimento da passagem de táxis nas fronteiras por parte da polícia espanhola está a gerar prejuízos avultados aos empresários do setor, segundo o presidente da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), além de que fomenta o transporte clandestino.
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Florêncio de Almeida considera esta restrição "incompreensível" porque os transportes públicos, nomeadamente autocarros, e ainda as carrinhas de trabalhadores podem atravessar as fronteiras. "Não se percebe. Os táxis também são transportes públicos. É vergonhoso. Se um trabalhador quiser ir para França de táxi não pode passar mesmo que tenha um documento da empresa a atestar que vai trabalhar, ainda que se cumpram as normas de segurança e higiene na viagem (dois passageiros por quatro lugares, três por sete e quatro por nove). Desde que se cumpram os requisitos não deve haver impedimento. Se for numa carrinha qualquer e provar que vai trabalhar já pode passar", afirmou o dirigente associativo.
Sem resposta do Governo
Já por duas vezes a ANTRAL deu conta do problema por escrito ao ministro do Ambiente e da Ação Climática, mas Florêncio de Almeida garante que não teve resposta.
Enquanto isso, a proibição continua, designadamente nas fronteiras em Vilar Formoso, Quintanilha e nos restantes sete pontos de passagem autorizados e em funcionamento desde 17 de março.
O JN pediu esclarecimentos aos ministérios do Ambiente e da Administração Interna mas não obteve resposta.