O Ministério da Educação informou, esta sexta-feira, os diretores das escolas públicas que a avaliação dos alunos no 2º período será realizada com as informações que os professores já dispõem. Os estabelecimentos de ensino deverão ter os contactos de todos os pais para informar em caso de situações de contágio por Covid-19.
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Ter meios de rápida comunicação entre a escola e os pais é essencial para o Ministério da Educação. Na informação enviada esta sexta-feira às escolas, o ministro Tiago Brandão Rodrigues pede a todos os os professores titulares e diretores de turma que obtenham o contacto telefónico e eletrónico dos encarregados de Educação, para que rapidamente possam ser sinalizadas "situações de suspeição ou contágio" por coronavírus que decorram durante a suspensão das aulas, a partir de segunda-feira e até 13 de abril. "Desta forma, poderá manter-se a identificação de cadeias de contágio".
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Este último dia de aulas, que antecede a pausa letiva de um mês, deve ser usado para sensibilizar os alunos e os pais para a necessidade de cumprirem estritamente as regras de higiene e de distanciamento social, evitando a deslocação a locais com concentração de pessoas. A regra é ficar em casa. A maioria dos alunos já não foi à escola esta sexta-feira.
A avaliação do 2º período será realizada com base nos "elementos disponíveis" neste momento. Já os responsáveis pelos cursos profissionais "deverão decidir, em conjunto com as entidades que asseguram estágios, se estão reunidas as condições para a participação na formação em contexto de trabalho".
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O Ministério da Educação está a preparar ainda um procedimento, para que os alunos que necessitem de inscrever-se nos exames nacionais não tenham de deslocar-se à escola para a inscrição. Os estabelecimentos de ensino não ficarão desertos. Haverá funcionários e professores a trabalhar durante este mês de suspensão das atividades letivas, embora se autorize a realização de "reuniões" e de "atividades dos docentes" à distância, sempre que seja possível.
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O Governo determina que, em cada agrupamento de escolas, seja garantida uma equipa para a manutenção e a vigilância dos espaços, para cumprir os procedimentos administrativos que só podem ser feitos presencialmente e para sinalizar "situações excecionais".
Tal como foi anunciado esta quinta-feira após a reunião do Conselho de Ministros, as cantinas continuarão abertas para fornecer refeições aos alunos mais carenciados, com escala A da ASE. Cabe às câmaras e aos prestadores do serviço definir a "forma mais eficaz e segura de assegurar a refeição".