Recuperação de pendências arranca neste trimestre, garante AIMA. Especialistas defendem mais celeridade e políticas de integração.
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Contando com os cerca de 350 mil processos de regularização pendentes, Portugal acolhe, hoje, mais de um milhão de estrangeiros que permitem ao país manter um saldo populacional positivo. Além disso, asseguram setores onde a mão de obra rareia e calibram as contas da Segurança Social. Razão pela qual os especialistas são consensuais ao defenderem mais recursos para acelerar os registos, a par de uma política de integração. Ao JN, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) garante que “a operação de recuperação” das pendências arranca “no primeiro trimestre deste ano”, com fim estimado até ao verão de 2025.
A nossa pirâmide etária ilustra bem o problema: somos o segundo país mais envelhecido da Europa - 185 idosos por 100 jovens; e há 14 anos que o nosso saldo natural está no vermelho, só não perdendo população, desde 2019, graças aos fluxos migratórios, com as entradas a compensarem as saídas. Com a população estrangeira tanto em idade ativa (sobretudo na faixa 20-49 e apesar do aumento de estrangeiros reformados), como em idade fértil (respondendo por 17% dos nascimentos).