O avião que na noite de terça-feira transportou a comitiva do PS dos Açores para Lisboa foi forçado a abortar a primeira aterragem porque a pista não estava livre. Um susto para os deputados socialistas.
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Ainda não era meia-noite quando o avião da SATA, que partira da ilha de S. Miguel, fez a aproximação à pista do aeroporto de Lisboa.
A poucos metros do chão, em vez da travagem esperada, os passageiros sentiram uma aceleração repentina e o avião voltou a subir.
Pouco depois e perante algum nervosismo dos passageiros, a hospedeira explicou que a manobra aconteceu porque ainda estava um avião na pista quando o aparelho da SATA se preparava para aterrar.
O avião sobrevoou o aeroporto durante mais uns minutos e pouco antes da meia-noite aterrou em segurança, contaram ao JN alguns deputados que fizeram a viagem.
"As pessoas ficaram um bocado nervosas, é verdade, mas eu por acaso não tive muito medo. Já me aconteceu pior", contou a deputada socialista Luísa Salgueiro.
A maioria dos passageiros eram deputados parlamentares - cerca de 60 a 70, estima Luísa Salgueiro - que vinham das Jornadas do PS nos Açores.
Contactada pelo JN, a ANA - Aeroportos de Portugal referiu não ter registo da ocorrência e reencaminhou para a NAV Portugal, empresa de Navegação Aérea.
Ao JN, a NAV informou que "a ocorrência se deveu ao facto de a aeronave que precedeu a aterragem do SATA estar a levar mais tempo do que o previsível para desimpedir a pista".
Para garantir a segurança da operação, o avião "foi instruído pelos serviços de controlo de tráfego aéreo para descontinuar a aproximação que estava a efetuar e iniciar uma nova manobra de aproximação", acrescentou.
A NAV salientou, no entanto, que se trata de "um procedimento normal em aviação" destinado a garantir a segurança operacional.