Um avião de reconhecimento P-3 da Força Aérea, normalmente conhecido como o "avião-espião", vai vigiar o voo do Papa Francisco até à chegada a Monte Real, no sentido de detetar qualquer aeronave não autorizada que pretenda entrar no corredor aéreo destinado ao chefe da Igreja Católica, soube o JN. O Estado-Maior da Força Aérea Portuguesa (FAP) confirmou a informação.
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O P-3 vai operar a partir da Base Aérea nº 5, em Monte Real, mas segundo adiantou o Estado-Maior da FAP vai manter-se em operação enquanto durar toda a visita papal. De acordo com informações recolhidas pelo JN, o avião vai vigiar todo o espaço aéreo que rodeia Monte Real e Fátima, mas ficará também a monitorizar movimentações terrestres, uma capacidade ditada pelos equipamentos com que os P-3 da FAP estão dotados e que faz dele o avião mais evoluído tecnologicamente da FAP.
A informação que o P-3 recolher vai ser de três tipos - radar, fotografia e vídeo -, que será passada automaticamente e em tempo real ao Sistema de Defesa Aérea da FAP, um conjunto de radares que vigia o espaço aéreo nacional. A informação permite ao comando da operação acionar os meios aéreos necessários de acordo com o tipo de ameaça, inclusive os F-16 que vão escoltar o Papa e orientar os dois helicópteros EH-101 onde vão ser transportados Sua Santidade e o presidente da República.
O "avião-espião" vai ficar também conectado com o Alouette III que já sobrevoa Monte Real, assim como com os outros dois Alouette III destinados a operar com as forças especiais da GNR. A informação recolhida pelo P-3 vai também chegar ao Gabinete de Segurança Interna, através do oficial de ligação da FAP que está destacado naquele organismo coordenador de segurança.