Envelhecimento dos trabalhadores e aumento dos problemas de saúde mental são algumas das razões apontadas. Especialistas pedem estudos mais aprofundados.
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Numa década, o número de subsídios de doença aprovados aumentou 75% e a despesa do Estado com estes trabalhadores doentes quase duplicou, aproximando-se dos mil milhões de euros. E a pandemia não serve de explicação para este salto brutal porque os dados da Segurança Social relativos a subsídio de doença excluem subsídios por isolamento ou doença covid-19. Então estamos mais doentes do que há dez anos? Ninguém arrisca uma resposta taxativa, mas o envelhecimento e a saúde mental podem ajudar a explicar a tendência.
Em 2014, a Segurança Social diferiu 1,1 milhões de subsídios de doença e, em 2024, segundo os últimos dados de análise mensal publicados, foram 1,9 milhões (ver infografia). Ao contrário das prestações de doença, os dados dos subsídios de doença não incluem subsídios por doenças profissionais, tuberculose e por isolamento profilático e doença covid, o que permite uma análise da tendência das baixas médicas sem a interferência da pandemia.