Balanço da campanha: Jogo sem goleadas será decidido por quem desempata

Eleições legislativas realizam-se no domingo
Foto: Pedro Correia/Global Imagens
Chega deverá "juntar-se à festa" se AD vencer sem maioria absoluta, mesmo sem acordo governativo. Livre é visto como possível surpresa da noite e como novo parceiro do PS numa próxima geringonça.
Na aritmética do voto, seja ele ideológico, útil, estratégico ou de protesto, os politólogos parecem ter uma certeza: preveem que o Chega irá inevitavelmente “juntar-se à festa” se a Aliança Democrática (AD) não tiver a maioria necessária apenas com os liberais, mesmo sem um acordo formal, guardando a moção de rejeição para um eventual Governo do PS. Se a maioria relativa for socialista, para além da esperada réplica da geringonça, o Livre é apontado como parceiro provável e como surpresa da noite. Na alternância entre os dois maiores partidos, os indecisos podem ditar o resultado num jogo sem goleadas, com destaque para as mulheres - após a polémica em torno do aborto - e para os desiludidos que em 2022 deram a maioria absoluta a António Costa.

