Banco de Germoplasma Vegetal, localizado em Braga, trabalha há 46 anos para assegurar diversidade biológica das espécies.
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Estamos na Quinta de São José. Anuncia-o o azulejo português à entrada de um portão escancarado na berma da Nacional 201 em Merelim (São Pedro), Braga. Entrando - e não sabendo o que nos espera - poderia pensar-se ser uma quinta de produção como tantas outras que abundam na região do Minho. Mas ainda que não falte um horizonte de plantação de milho, esta não é uma quinta qualquer. É o Banco Português de Germoplasma Vegetal (BPGV). Fazem-no saber as letras na fachada de um edifício que se funde com o ambiente circundante de árvores de fruto e de uma estufa.
A visita é feita ao jeito da viagem que as próprias sementes percorrem. Por isso, Ana Maria Barata, responsável pelo banco, recebe-nos numa das primeiras etapas necessárias para alcançar o “produto” que será preservado: estamos no local de secagem. Aproveitando o calor que se faz sentir por estes dias (quando não o há, existem câmaras de secagem que permitem fazê-lo de forma artificial), encontramos expostas, lado a lado, uma dúzia de caixas. Em cada uma estão espalhados um acumulado do que parecem ser pequeníssimas folhas secas.