Banco público do cordão umbilical já só recebe dádivas para uso familiar
Tem apenas 300 unidades criopreservadas e utilização é cada vez mais residual. Evidência científica não é a favor da implementação ou otimização destes bancos, argumenta Instituto Português do Sangue e da Transplantação.
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O Banco Público de Células do Cordão Umbilical (BPCCU) já não serve o propósito para o qual foi criado há mais de uma década. Deixou de aceitar doações altruístas de unidades de sangue do cordão colhidas no parto, que ficavam disponíveis para o eventual tratamento de qualquer cidadão. A ciência evoluiu noutro sentido e atualmente este banco, que funciona no Porto, só recebe dádivas para uso em contexto familiar, quando não há dador alternativo adequado.
Nos tanques de criopreservação, nos terrenos do Hospital de São João, “existem atualmente cerca de 300 unidades criopreservadas para uso familiar” e nenhuma foi usada em 2023 ou 2024, refere, ao JN, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), que integrou o banco em 2012.