Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, explicou que a decisão de repor a contagem dos professores foi tomada porque o Governo nada fez.
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A aprovação da contabilização total do tempo de serviço dos professores, esta quinta-feira, pelos partidos da oposição, "não cria nenhum tipo de responsabilidade para o atual Governo" e apenas aconteceu "porque, depois de o Governo ter tido o dossiê em mãos durante dois anos, nada aconteceu", explicou Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda.
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Acusando António Costa de estar a criar uma "crise política artificial" e o líder parlamentar do PS, Carlos César, de dois pesos e duas medidas, quando "o PS Açores já aplicou a mesma solução [de reposição dos tempos de carreira dos professores] nos Açores e na Madeira que não foi apelidada de irresponsável".
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O líder bloquista considerou que a "geringonça" não foi abalada pela decisão desta quinta-feira, recordando que "esta solução política decorreu de uma vontade de repor direitos", pelo que "não faz sentido criar agora uma crise política pela reposição de direitos, isso vai contra o que foi criado em 2015".
"A posição do BE foi sempre a mesma, coerente. Já o PS tem duas posições, uma na Madeira e nos Açores e outra no Continente", recordou.
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"O Novo Banco precisou de um adicional de 450 milhões de euros e o PS não falou em problema orçamental, nem em orçamento adicional", recordou Pedro Filipe Soares, invocando as "divergências que sempre existiram entre os dois partidos" e que "nunca criaram nenhuma crise política".
Sobre a moção de confiança sugerida por Assunção Cristas, o líder parlamentar do BE disse que prefere "desvalorizar, porque o ambiente de crise política foi criado de forma artificial e que não merece relevância".