A mensagem final da seguna assembleia especial para a África do Sínodo dos Bispos, reunido em Roma de 4 do corrente até ontem, pede que a comunidade internacional trate o continente africano com "respeito" e altere as regras do jogo económico, com referência especial para a dívida externa.
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A exploração das multinacionais e a agenda escondida por detrás das ajudas às populações carenciadas estão também na mira dos padres sinodais. A mensagem sublinha que, em relação à pandemia da sida, a Igreja não está atrás de ninguém na luta contra a difusão do HIV e no cuidado dos doentes. À imagem do que já foi afirmado por Bento XVI, sublinha-se que essa questão não se resolve com a distribuição de preservativos. Uma palavra especial é dedicada também às relações com o Islão, assegurando que o diálogo é possível, mas que é importante dizer "não" ao fanatismo. "África, levanta-te e anda!" é a forte interpelação deixada pelos bispos, que repetem apelos: aos sacerdotes para que respeitem o celibato, às famílias, aos jovens e às crianças. Em comum, o pedido de que todos se empenhem em favor da reconciliação e que exista discernimento no confronto com o mundo ocidental. Agora, aguarda-se que as propostas apresentadas ao Papa mereçam uma exortação pastoral, que concretize a missão evangelizadora da Igreja Católica no vasto continente africano.