Conferência Episcopal diz comungar "tristeza do Papa Francisco" e aponta que é quebrado "o princípio fundamental da inviolabilidade da vida humana".
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A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) "lamenta profundamente a legalização da eutanásia e do suicídio assistido pela Assembleia da República". Em comunicado, os bispos dizem comungar da " tristeza do Papa Francisco manifestada no passado dia 13 de maio, após a confirmação parlamentar do diploma sobre a morte medicamente assistida" e reafirmam que com a legalização da eutanásia "quebra-se o princípio fundamental da inviolabilidade da vida humana".
O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou a lei que legaliza a morte medicamente assistida e, numa nota, informou que "a Assembleia da República confirmou no passado dia 12 de maio, por maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções, a nova versão do diploma sobre a morte medicamente assistida, pelo que o presidente da República promulgou o Decreto n.º 43/XV, da Assembleia da República, tal como está obrigado nos termos do artigo 136.º, n.º 2 da Constituição da República Portuguesa".
"A morte passa a ser apresentada como solução para a dor e sofrimento, ao invés de uma promoção dos cuidados paliativos humanizantes até ao fim natural da vida", referem ainda os bispos para quem a nova Lei representa um "retrocesso civilizacional".
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