A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) adopta, finalmente, um estilo mais democrático, deixando de definir tudo de cima para baixo. Conta com a colaboração alargada de responsáveis eclesiais em cada diocese e outras estruturas, desafiando-os a darem um contributo mais efectivo para o projecto "Repensar a Pastoral da Igreja em Portugal".
Corpo do artigo
O documento, assinado pelo presidente da CEP, D. Jorge Ferreira Ortiga, foi remetido para todos os bispos e delegados diocesanos envolvidos, para a Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal e movimentos e obras de apostolado, através da Comissão Episcopal do Laicado e Família.
A CEP convida todos a centrarem a sua atenção no "discernimento pastoral", na procura dos sinais de Deus na sociedade, dos desafios que se levantam à missão da Igreja, avaliando também de que forma é que essa missão é cumprida nos dias de hoje, na realidade de cada diocese. O objectivo dessa "leitura da realidade actual", de que fala a carta da CEP, é "tirar conclusões práticas para a acção pastoral eclesial".
Até Março do próximo ano, a CEP pretende recolher todos os contributos dos diversos organismos, apelando a uma reflexão "coordenada, organizada e sintetizada".
O desafio da CEP dá continuidade a uma discussão profunda do papel da Igreja em Portugal, iniciada em Abril deste ano com a aprovação do documento "Repensar a Pastoral da Igreja em Portugal". Refira-se também, como se informa aqui ao lado, a sondagem que vai ser feita à sociedade portuguesa.
Sem populismos, os bispos portugueses estão bem mais "democráticos" e só ganham com isso e, com eles, a Igreja Católica.