A Conferência Episcopal Portuguesa pede às autoridades que não encerrem os cemitérios no dia 1 de novembro e no dia seguinte, de comemoração dos Fiéis Defuntos.
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"É certo que não depende da Igreja a gestão da grande maioria dos cemitérios nacionais. Mas não seria apropriado o encerramento completo" destes espaços, tendo em conta o sofrimento a que as famílias têm sido submetidas nestes tempos de pandemia, refere a nota, divulgada esta segunda-feira à tarde pelo porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), padre Manuel Barbosa.
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Segundo o sacerdote, é sensato que se imponham medidas suplementares de proteção, como a obrigatoriedade do uso de máscaras e o controlo do número de visitantes, estabelecendo um limite máximo conforme a dimensão dos espaços, mas não o encerramento dos cemitérios, como já foi anunciado, por exemplo pelo município da Póvoa de Varzim.
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As dioceses de Aveiro, Guarda e Viseu recomendaram que não fossem feitas romarias nem celebrações nos cemitérios, nestes dois dias, mas no entender da CEP, os párocos podem celebrar mais eucaristias, em coordenação com as autoridades locais, para evitar aglomerações.
Na reunião do Conselho Permanente da CEP, onde foi aprovada esta recomendação, os bispos reiteraram a sua preocupação com o regresso do tema da eventual despenalização da eutanásia e apontaram a possibilidade da realização de um referendo como mais uma oportunidade para que o assunto possa ser debatido de forma mais ampla pela sociedade civil.