Bloco apela ao desmantelamento do Habeas Corpus após grupo "fechar" sede do partido
O grupo de extrema-direita Habeas Corpus "encerrou", na madrugada desta segunda-feira, a sede nacional do Bloco de Esquerda em Lisboa. O partido questiona se as autoridades estão "a fazer tudo o que está ao seu alcance" face à atuação do grupo e defende a sua extinção.
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O grupo extremista, liderado pelo ex-juiz Rui Fonseca e Castro, fechou com abraçadeiras um portão de acesso à sede do Bloco, na Rua da Palma, em Lisboa, e afixou um cartaz em frente ao edifício com a mensagem: "Bloco de Esquerda encerrado enquanto houver racismo contra os portugueses, enquanto a polícia estiver proibida de proteger os cidadãos". A ação foi divulgada nas redes sociais da organização extremista.
O Bloco de Esquerda condena a ação pública do Habeas Corpus e considera que esta situação foi "particularmente grave", uma vez que impediu o único acesso a algumas habitações. "Naquele beco vivem pessoas e estão alojados também turistas que, no caso de terem que sair por uma questão de emergência, não o conseguiriam fazer, e também ficaram impedidos de sair do edifício", denuncia o deputado Fabian Figueiredo ao JN, notando que estão a ser tomadas as diligências necessárias para apresentação de uma queixa às autoridades.