Recuperar deputados é o objetivo dos bloquistas, que asseguram que serão solução num Governo à Esquerda.
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Mariana Mortágua começou a campanha do Bloco de Esquerda com marcação cerrada à extrema-direita e acabou a pedir uma “maioria de esquerda” capaz de resolver os problemas das pessoas. Entre as polémicas com a família e incidentes como um militante do BE ter feito uma “piada de mau gosto” na rede social X (ex-Twitter), Mortágua procurou vincar a relevância do BE para uma governação do PS sem maioria absoluta. Contou com o apoio dos antigos coordenadores, Francisco Louça e Catarina Martins, e prometeu que “o melhor ainda está para vir”.
Os primeiros dias de campanha ficaram marcados pelas ondas de choque de uma declaração de Mortágua no debate televisivo com Luís Montenegro sobre a renda da avó. “Ataques da extrema-direita”, assegurou. Da rua para a rede X, o episódio de um militante que ameaçou anular os votos da AD e do Chega numa mesa de voto foi intitulado pelo BE como “uma piada de mau gosto”. E, mais uma vez, serviu para fazer mira a André Ventura, acusando-o de ser “aprendiz de Bolsonaro”. E foi na polémica do aborto, trazida pela AD, que se recusou dar qualquer “passo atrás”, prometendo mesmo melhorar a lei. “As mulheres vão continuar a fazer a sua escolha e livremente”, vincou.