Bobi perde título de cão mais velho do mundo por falta de provas

O Guinness World Records (GWR) já estava a investigar se o cão mais velho do mundo tinha mesmo 31 anos, depois de vários veterinários terem levantado dúvidas sobre a sua idade. Segundo um comunicado do livro de recordes, a investigação "concluiu que o GWR já não dispõe das provas necessárias para apoiar a reivindicação do Bobi como detentor do registo" de cão mais velho do mundo.

"Temos um enorme orgulho em garantir a melhor exatidão possível e a integridade de todos os nossos título. Na sequência de preocupações manifestadas por veterinários e outros peritos (...) e das conclusões de investigações conduzidas por alguns meios de comunicação social, considerámos importante iniciar uma análise do registo do Bobi", afirmou o responsável pela revisão do recorde, Mark McKinley.

Segundo o também diretor de registos do Guiness, os dados do microchip de Bobi não continham a informação necessária dado que, quando foram colocados no cão, em 2022, não era necessário qualquer prova da idade do animal se este tivesse nascido antes de 2008. "Com a declaração veterinária adicional fornecida como prova da idade do Bobi, que cita estes dados do microchip, ficamos sem provas conclusivas que possam provar definitivamente a data de nascimento do cão", admite o responsável.

"Sem qualquer prova conclusiva disponível neste momento, não podemos simplesmente manter o Bobi como detentor do recorde e afirmar honestamente que mantemos os elevados padrões que estabelecemos", conclui McKinley, no comunicado.

O Guiness World Records divulgou que ainda não existe um substituto para o título de Bobi, embora espere que "a publicidade em torno do recorde encoraje os donos de animais de todo o mundo a entrar em contacto".

Segundo o dono de Bobi, Leonel Costa, que já foi informado da perda do título, o cão nasceu na aldeia de Conqueiros, em Leiria, em 1992. Tendo morrido a 21 de outubro de 2023, teria, alegadamente, atingido os 31 anos no ano passado.