Há mais 167 óbitos associados à covid-19 e 3480 novas infeções, segundo o boletim epidemiológico desta quinta-feira. Metade dos casos e óbitos na Região de Lisboa.
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Portugal regista um total de 14885 óbitos de covid-19 e 778369 infeções confirmadas pelo coronavírus SARS-CoV-2 desde o início da pandemia, em março de 2020.
É o segundo dia seguido com menos de 200 mortos associados à covid-19, depois dos 161 reportados na quarta-feira, 10 dias depois de atingido um máximo de 303 óbitos num dia. O número de casos baixou, de 4387, ontem, para 3480 hoje, o que é quase metade dos quase oito mil casos reportados há uma semana.
Alívio também nos hospitais, com uma descida acentuada do número de internados, menos 259 do que na quarta-feira, para um total de 5570 pessoas atualizadas à data de hoje. Nos cuidados intensivos foram libertadas 17 camas, com o total de doentes graves a diminuir para 836.
Os casos ativos são, esta quinta-feira, menos 4950 do que na quarta-feira (118362 no total), enquanto o número de pessoas sob vigilância é, agora, de 155298, menos 7268. Nas últimas 24 horas, segundo o boletim da Direção-Geral da Saúde, 8263 pessoas juntaram-se aos 645122 pacientes recuperados da doença desde o início da pandemia.
Lisboa com metade das mortes e dos casos das últimas 24 horas
A Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT) continua a ser a mais afetada pela pandemia desde meados de dezembro. Esta quinta-feira, registou 1846 casos, 50% do total nacional de 3480, e 86 óbitos, 51% das mortes registadas em Portugal nas últimas 24 horas, ultrapassando os seis mil óbitos. Números totais, desde o início da pandemia, o entorno da capital portuguesa somou 291917 infeções e perdeu 6068 vidas.
A Região Norte, principal foco da covid-19 no país, registou menos e mil casos pela terceira vez em quatra dias, esta semana - apenas ontem superou o milhar (1050 infeções). Ao reportar 709 casos esta quinta-feira, soma, agora, 319836 infeções desde o início da pandemia, a cifra mais elevada no país. As vítimas mortais ascendem a 4956, mais 39 do que ontem.
Ao centro, a morte continua a desacelerar, pelo quinto dia consecutivo. Os 22 óbitos reportados nas últimas 24 horas (2646 no total) representam um recuo para números de há um mês. Os casos também mudaram de figura em fevereiro, com mais um dia de números abaixo da fasquia dos mil, menos de um mês depois de ter passado os dois mil. Com os 518 casos desta quarta-feira, são agora 111134 o total de infeções na região.
A desaceleração da covid-19 continua no Alentejo, que reportou 101 casos, o terceiro registo mais baixo desde o início do ano. Do total de 27494 infeções resultaram 852 mortes, 11 nas últimas 24 horas, o registo diário mais baixo na região desde meados de janeiro.
No Algarve não há uma tendência tão definida, embora o número de casos tenha ficado abaixo da centena e meia (148), para um acumulado que vai em 19140 infeções desde o início da pandemia. Ao somar seis óbitos pelo segundo dia seguido, o extremo sul de Portugal totaliza, esta quinta-feira, 277 mortes associadas à covid-19.
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Nos Açores, seis casos (3644 no total) e o regresso às zero mortes, após dois óbitos em dois dias (28 no total), enquanto na Madeira a pandemia, embora com números inferiores ao continente, parece não abrandar. De quarta para quinta-feira foram reportados mais 152 casos, terceiro registo mais elevado do mês, e três óbitos, 58 no total, em 5294 infeções registadas desde o início da pandemia.
Percentagem de óbitos sobe nos escalões abaixo dos 80 anos
A faixa etária acima dos 80 anos é a mais afetada pela letalidade da covid-19, com 9957 mortes anotadas desde o início da pandemia, 67% do total. Esta quinta-feira registou 100 vidas perdidas, metade de cada sexo, o que representa cerca de 60% do total de óbitos diários.
Um desvio relativamente à percentagem total, acomodado nos escalões imediatamente anteriores. Entre os septuagenários, morreram 41 pessoas (26 homens e 15 mulheres), o que equivale a 24,6% do total diário, quase quatro pontos percentuais acima dos 20,7% que representam as 3084 vidas perdidas desde o início da pandemia na faixa etária dos 70-79 anos.
Entre os sexagenários foram reportados 17 óbitos, 14 homens e três mulheres, o que representa 10,2% do total diário, uma percentagem superior aos 8,6% gerais, que se traduz em 1278 vidas perdidas desde o início da pandemia entre os homens e mulheres com mais de 60 anos e menos de 70.
Com o desagravamento no escalão dos mais velhos, todas as outras faixas etárias foram mais penalizadas, em termos percentuais. Entre os "cinquentões", a perda de seis vidas, todos homens, representou 3,6% do total de óbitos, um ponto percentual acima dos 2,6% a que equivalem as 380 mortes na faixa dos 50-59 anos.
No escalão anterior, a morte de um homem e duas mulheres traduz-se em 1,8% do total diário, o dobro dos 0,9% a que equivalem as 135 mortes reportadas desde o início da pandemia na faixa dos 40-50 anos. Nas outras fixas etárias, não houve vítimas a registar esta quinta-feira.
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