As duas equipas de bombeiros especializados em combate a incêndios, provenientes do mecanismo de proteção civil da União Europeia, só vão chegar a Portugal em agosto e permanecem em território nacional até setembro, divulgou esta manhã a Comissão Europeia. Já os 24 aviões da frota "rescEU" ficam disponíveis a 15 de junho e ficam até outubro.
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Portugal vai receber pelo menos 65 bombeiros divididos por duas equipas provenientes da Finlândia e da Letónia, no âmbito do apoio europeu de combate a fogos, revelou esta quarta-feira a Direção-Geral da Proteção Civil e das Operações de Ajuda Humanitária Europeias (DG ECHO)
O dispositivo europeu conta, para já, com 451 bombeiros, dos quais 65 vêm para Portugal, mas ainda pode aumentar. Foram disponibilizados por 11 Estados-membros, mas vão ficar apenas em três países. Além de Portugal, vão para a Grécia (pelo menos 170) e para França (pelo menos 200). Estes bombeiros chegam "a meio de agosto" e vão ajudar Portugal a combater incêndios "em agosto e setembro", disse Ana Ascensão e Silva, da DG ECHO, numa conversa técnica com jornalistas.
Cada equipa de bombeiros estrangeiros terá o seu próprio comandante, mas respondem em interação com as autoridades locais e, numa ocorrência, respondem ao comandante português dessa ocorrência.
Quanto aos meios aéreos, Portugal vai ter dois aviões ligeiros pré-posicionados, em Castelo Branco e Almeirim, inseridos na frota europeia "rescEU", entre 15 de junho e 31 de outubro. Esta frota duplicou e tem, este ano, um total de 28 meios aéreos - 24 aviões e quatro helicópteros - pré-posicionados em dez Estados-membros.
"Portugal tem estes dois meios que disponibilizou e que pode usar, mas se for necessário pode usar os outros 22 que estão espalhados pela Europa. Tal como os aviões que estão em Portugal podem ir para outros países se forem chamados", explicou Ana Ascensão e Silva.
Em termos operacionais, sempre que há necessidade de recorrer aos meios europeus, sejam eles terrestres ou aéreos, a Proteção Civil portuguesa contacta Centro de Coordenação de Resposta de Emergência e a informação "é colocada numa plataforma a que todas as entidades de proteção civil do Mundo têm acesso", detalhou a mesma responsável. Depois, os outros países "vão ver e dizem quantos aviões e homens têm disponíveis para oferecer".
Entre 15 de junho e 31 de outubro, a União Europeia paga 75% dos custos de "stand-by" dos aviões e dos bombeiros. Os restantes 25% são pagos pelos países onde esses meios estão posicionados.
Caso ocorra uma operação em que os meios são necessários, Bruxelas financia 100% dos custos de transporte e 75% dos custos operacionais se a ação for dentro da Europa, e 100% dos custos operacionais se a ação for fora da Europa. Os restantes 25% das operações europeias que não são pagas por Bruxelas são financiados pelos Estados-membros que beneficiem desses meios.
Além dos meios terrestres e aéreos do "rescEU", a Europa mantém em funcionamento a Reserva Europeia de Proteção Civil, com quatro aviões e 14 equipas de bombeiros disponíveis para a atuar em qualquer ponto do continente.