Bombeiros exigem que hospitais paguem horas de ambulâncias retidas nas urgências
Todos as semanas há meios que ficam horas nas urgências à espera das macas. Liga fez proposta à Direção Executiva do SNS, que vai discutir as "várias dimensões do problema".
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A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) propôs à Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) que as corporações faturem aos hospitais as horas que ficam à porta das urgências à espera da devolução das macas. “Nem sempre aparece nas notícias”, mas o problema é recorrente, sobretudo em Lisboa e Vale do Tejo. Enquanto aguardam, os meios ficam inoperacionais para o socorro e as dificuldades na resposta de emergência agravam-se. O INEM reconhece o problema e o impacto na atividade, embora não seja capaz de o caracterizar.
“Todas as semanas, há ambulâncias que ficam, três, quatro, cinco, seis horas à porta das urgências”, enquanto o bombeiro aguarda pela devolução da maca que transportou o doente, assegura o presidente da LBP. Segundo António Nunes, há casos em que os bombeiros, que são responsáveis por trazerem a maca de volta, andam com os doentes por vários serviços até conseguirem fazer a transferência, porque “não há pessoal nos hospitais”.