As corporações de bombeiros poderão, em 2023, concorrer ao programa de voluntariado para as florestas, até aqui reservado a associações juvenis via Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ).
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A possibilidade foi admitida em Baião, pelo Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, numa sessão pública com a presença de 20 jovens que participam no Programa de Voluntariado Jovem para as Florestas, agentes da proteção civil e autarcas.
As condições de elegibilidade do programa "serão alteradas de modo a permitirem que Associações com ´carácter` juvenil possam aceder ao programa". Nesse sentido, segundo João Paulo Correia, abrir-se-á uma janela de oportunidade para os bombeiros, bastando para tal que as escolas de bombeiros, e/ou as associações humanitárias obtenham tal estatuto.
João Paulo Correia respondia à interpelação que, momentos antes, havia sido feita pelos comandantes das duas corporações de bombeiros do concelho, Alexander Pinto (B.V. Baião) e Márcio Vil (B.V. de Santa Marinha do Zêzere), por o atual regulamento do programa "não permitir" a participação dos jovens das escolas de bombeiros.
Os responsáveis fizeram notar que as escolas de bombeiros estão limitadas a darem formação e estágio sem, no entanto, por imposição legal, permitirem que os jovens candidatos a bombeiros possam atuar em atividades operacionais. "Este facto cria um entrave à sensibilização dos jovens para prosseguirem a carreira nos bombeiros", reforçou Alexander Pinto (B.V. Baião) com a aprovação de Márcio Vil dos voluntários de Santa Marinha do Zêzere.
Na sessão foi realçada a "coragem" dos jovens vigilantes que ajudou a debelar focos de incêndio que poderiam ter resultado em grandes ocorrências", sublinhou Filipe Fonseca, vereador responsável pela proteção civil municipal.
"Responsabilidade, enriquecedora, difícil e gratificante", foram os adjetivos usados pelos jovens para definirem as experiências pessoais neste programa de voluntariado para as florestas.