O secretário-geral do PS, António Costa, pediu hoje no final de uma arruada na rua de Santa Catarina, no Porto, uma vitória do PS nas legislativas de domingo sem "jogos políticos" em torno de uma decisão "que só ao povo cabe tomar".
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"Cada voto é decisivo e não podemos deixar ao sabor dos jogos políticos a decisão que só ao povo cabe tomar. E para que ninguém queira subverter a vontade popular e que ninguém tenha dúvidas da vontade popular de que seja o PS a governar é preciso que todos e cada um dos votos se somem para dar uma vitória ao PS no próximo domingo", declarou Costa, depois de ter sentido, nas suas palavras, uma "resposta inequívoca" nas ruas do Porto de apoio aos socialistas.
Rodeado por centenas de militantes e simpatizantes socialistas e por um ambiente de alguma euforia, o secretário-geral do PS percorreu durante 45 minutos a rua de Santa Catarina, onde cerca de uma hora antes tinha também passado a Coligação Portugal à Frente (PAF).
António Costa teve sempre ao seu lado a campeã olímpica da maratona Rosa Mota, bem como a antiga ministra dos governos de António Guterres e eurodeputada socialista Elisa Ferreira.
Na primeira fila, esteve também sempre o eurodeputado socialista Francisco Assis, que já foi candidato à liderança do PS em 2011 (tendo sido derrotado por António José Seguro) e que no PS é encarado, novamente, como potencial candidato ao cargo de secretário-geral.
Durante a arruada, António Costa deu muitos beijos e abraços a apoiantes, e cruzou-se a meio do caminho com o emblemático adepto do Boavista, "Manuel do Laço".
"Ponha-os na rua, Costa", gritou-lhe uma mulher ainda na Praça da Batalha, que disse ser pensionista e "vítima" das opções do atual Governo.
Outra mulher questionou o secretário-geral do PS "onde está esse dinheiro que eles tanto roubam às pessoas?"
"No domingo pode acertar contas", respondeu o líder socialista.
A confusão foi outra das notas mais importantes desta arruada. Na cabeça da manifestação, a meio da rua de Santa Catarina, o coordenador da caravana socialista, Pedro Vaz, teve de gritar com elementos da Juventude Socialista para os convencer a passar para trás do grupo em que se encontravam os principais dirigentes do PS.
Tal como em anteriores ações de rua, os jovens socialistas distribuíram centenas de rosas a cidadãos e, de uma zona próxima do centro comercial Via Catarina, foram lançados 'confetis'.