Calculadoras gráficas sujeitas a regras para evitar cábulas nos exames
As calculadoras gráficas estão cada vez mais sofistificadas e funcionam quase como computadores. Para o exame nacional de Matemática A, que se realiza esta quarta-feira, a máquina de calcular é sujeita a uma inspeção prévia para evitar o uso de cábulas.
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Com o avanço da tecnologia, a calculadora tornou-se muito mais do que uma simples máquina para facilitar o raciocínio em operações básicas de matemática. Hoje em dia é uma ferramenta poderosa e complexa, com uma multiplicidade de funções que a equiparam a um computador, cuja função é ensinar os alunos a resolver problemas mais desafiantes. “É precisamente o oposto do facilitismo. É um desafio que leva a que o aluno pense”, assegura Joaquim Pinto, presidente da Associação de Professores de Matemática (APM).
Para o exame nacional da disciplina, que põe hoje à prova milhares de alunos do 12.ºano, as calculadoras gráficas são tão essenciais como a caneta para resolver os exercícios. Por serem ferramentas tão sofisticadas, que permitem armazenar fotografias ou ficheiros de texto, são sujeitas a regras apertadas para evitar o uso de cábulas. Antes da avaliação, os alunos são obrigados a acionar o modo de exame da máquina, em frente ao professor, para impedir o acesso à memória do aparelho. “O modo de exame só visa limitar o acesso à memória, mais nada. Não reduz a sua capacidade”, explica o docente.