Os episódios de calor, chuvas intensas e tempestades estão associadas a um aumento de até 35% dos casos graves de legionela, uma forma de pneumonia grave que causa a morte de um em cada 16 indivíduos afetados. A conclusão está plasmada no estudo do Centro Nacional de Epidemiologia de Espanha, avança o "El País".
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Segundo o jornal espanhol, o estudo analisou 18.564 casos de pneumonia por legionela, registados em Espanha entre 2011 e 2023, onde a incidência aumentou 2,4 vezes ao longo dos 12 anos. E verificaram que, nos dias seguintes aos alertas de eventos climáticos emitidos pelas autoridades espanholas, houve um aumento de casos.
Os cinco alertas presente no estudo foram: temperaturas máximas, precipitação acumulada numa hora e em 12 horas, trovoadas e ventos fortes. A pesquisa considerou 45.451 alertas emitidos entre 2019 e 2023.
De acordo com o "El País", que cita o estudo apresentado no congresso da Sociedade Espanhola de Medicina Preventiva, Saúde Pública e Gestão da Saúde (SEMPSPGS), todos os eventos climáticos foram seguidos por um aumento de casos de legionela. "Alertas de temperaturas máximas estão associados a um risco 27,1% superior de legionela dentro de 2 a 14 dias. Alertas de precipitação extrema dentro de 1 hora a 12 horas estão associados a um risco 23,1% e 35,1%, respetivamente. Alertas de tempestades representam um risco 27,6% ", lê-se no relatório.
A bactéria legionela é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se inicia habitualmente com tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldade respiratória, podendo também surgir dor abdominal e diarreia.
Podendo ser contraída por via aérea (respiratória), através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada, a infeção, apesar de grave, tem tratamento efetivo.