Há mais estágios profissionais, mas contratações são poucas e 51% ficam em regime precário. Burocracia e limites à despesa são principais entraves.
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Os municípios só contrataram 39% dos trabalhadores que acolheram ao abrigo do Programa de Estágios Profissionais na Administração Local (PEPAL), dispensaram 61% dos jovens e metade das contratações tem vínculo precário. A obrigatoriedade de realização de concurso público e os limites à despesa são os principais problemas, revela um relatório de balanço do PEPAL, que custa milhões de euros aos cofres públicos.
A sexta edição do PEPAL, que decorre desde 2018 e termina em agosto deste ano, teve 2122 estágios profissionais atribuídos, o que é o maior número desde que o programa foi criado, em 2007. Segundo o relatório da Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL), que executa o PEPAL, houve 1478 estagiários que concluíram a formação no ano passado e, destes, apenas 581 ficaram a trabalhar nas câmaras. Do total de contratados, 49% ficaram com vínculo sem termo. Os restantes 51% foram contratados em regime precário.