Distribuição de pelouros continua desequilibrada. Grande maioria das vereadoras fica com ação social, educação e saúde. Presidências no feminino são mais igualitárias e contrariam uma divisão tradicional de tarefas
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A tradição ainda é o que era nas autarquias, com a distribuição de pelouros a perpetuar uma divisão ditada pelo género. Continuam a ser reservadas aos homens pastas como obras municipais e gestão financeira, enquanto as vereadoras ficam mais com as chamadas áreas “soft”: educação, saúde, cultura e ação social. Uma investigação da Universidade do Minho revela também que as presidentes são mais igualitárias e os homens ajudam a perpetuar a desigualdade. Mas só três dezenas de mulheres lideram as câmaras municipais.
A investigação, realizada por Miguel Ângelo Rodrigues e Adriana Santos de Carvalho, mostra que a distribuição de pelouros reflete uma divisão tradicional do trabalho por género.