As cerca de 15 mil camas disponíveis na cidade de Fátima há muito que estão ocupadas. As reservas de quartos são feitas ano após ano, independentemente de uma visita de um Papa. Quem o assegura são os hoteleiros, lembrando que "a época forte" para a economia da cidade, ocorre entre os meses de Maio a Outubro, meses onde são assinaladas as aparições de Nossa Senhora.
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"A grande maioria dos hotéis trabalham com as agências e com clientes habituais", refere Jorge Heleno, explicando que os clientes "reservam os quartos de ano para ano". Segundo o director do Hotel/Spa S. Gonçalo, com 71 quartos, "a vinda do Papa trouxe um acréscimo da procura", pelo que "a lista de espera é bastante grande". "Estamos a confirmar as presenças habituais e em caso de desistências disponibilizamos quartos" disse.
No Hotel Verbo Divino, anterior seminário, existem 110 quartos que já estão ocupados. Ali também se deu preferência aos clientes habituais, essencialmente grupos de peregrinos nacionais e estrangeiros. "Trabalhamos mais com grupos, paróquias e movimentos religiosos" explicou o Padre Rodrigo Carvalho.
Em alternativa aos hotéis, existem em Fátima diversas casas religiosas que também acolhem peregrinos, e aqui também para os dias 12 e 13 de Maio, a lotação está esgotada.
Para além das tendas que podem ser colocadas nos vários parques, os peregrinos a pé optam muitas vezes por pernoitar em colchões ou camas que são colocados em pavilhões de instituições religiosas, e que são ocupados nestes dias a pedido do santuário. No albergue de S. Bento Labre, um espaço, propriedade do santuário, também se acolhem peregrinos. Em 2009 foram mais de 3.300 peregrinos de 33 países, tendo sido servidas 1200 refeições.
O "Albergue do Peregrino" é também utilizado porque quem se desloca a pé ao Santuário.