Através da simbiose entre a tecnologia, o têxtil e a saúde está a ser criada, em Famalicão, uma camisola que ajuda a melhorar a qualidade de vida de quem sofre de dermatite atópica, uma inflamação crónica que afeta cerca de 1,6% adultos e 14,4% jovens.
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A peça de roupa é uma das inovações desenvolvida pela Agenda HfPT - Healthfrom Portugal, financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI).
Desde a aparência à composição, a camisola foi pensada para ser usada normalmente - os artigos que já existem no mercado são de uso interior ou pijamas -, e desenhada para evitar o contacto da pele com qualquer costura, diminuindo a fricção, um dos principais problemas na dermatite atópica. Além disso, as fibras usadas têm aditivos que auxiliam na regeneração cutânea e previnem infeções e, no acabamento, foram introduzidas nanocápsulas com ativos naturais, provenientes de plantas, com efeitos anti-inflamatório e antimicrobiano. "Ao ser libertado para a pele, em doses controladas, este agente ativo acaba por ser absorvido, atuando diretamente nas zonas afetadas, como pruridos ou lesões cutâneas", explica o CeNTI, em comunicado.