<p>Pensem o que quiserem, mas é historicamente certo que o ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels, foi o autor de uma campanha contra a Igreja Católica para a desacreditar por imoralidade, incluindo alegados casos de pedofilia, lembra o diário espanhol "La Razón".</p>
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O ministro de Hitler não gostou que Pio XI, em 1937, publicasse a encíclica "Mit brennender sorge" ("Com ardente inquietação"), condenando a ideologia nazista. Em retaliação, Goebbels lançou uma campanha contra os abusos sexuais de padres católicos, o que levaria à prisão mais de 300 sacerdotes, dos quais foram condenados 21, alguns sob falsas acusações, enviados para campos de concentração.
Antes dessa campanha, já o Episcopado alemão tinha reagido com medidas severas contra alguns abusos de menores por parte de padres. Mesmo assim, o nazismo acirrou a sua campanha para desprestigiar a Igreja Católica que se opunha à ideologia autoritária que fez de Hitler o carrasco de milhões de vítimas.
Houve quem reagisse contra as prepotências do nazismo e levasse a Roma documentos secretos para prevenir contra a campanha suja de Hitler. Em 1940, foram publicados dois volumes sobre a perseguição anticatólica do Terceiro Reich, provando que a encíclica de Pio XI dera origem à reacção do nazismo, aliciando jornalistas para a tornar mais mediática.
Não vou tirar qualquer moralidade para essa história. A verdade é que há coincidências com a actual campanha mediática, na qual casos privados servem para generalizações que ofendem direitos humanos de clérigos que, até provas em contrário, são, na presunção de inocência, pessoas de bem.