Um sucesso retumbante ao nível organizativo e um quase sucesso a nível desportivo para a selecção. O Europeu de futebol de 2004, realizado em Portugal, é, para os internautas do JN, o acontecimento desportivo da década.
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Portugal mostrou ao Mundo que sabe organizar eventos desportivos de grande dimensão e o país viveu um mês de sonho. Para além das emoções dos jogos, os vistantes trouxeram alegria e cor ao nosso país e, claro, deixaram por cá muitos euros. O Euro 2004 só não foi perfeito para Portugal porque a selecção perdeu a final, frente à Grécia, um campeão improvável. O campeonato terminou assim com um sabor a desilusão, bem expressa na imagem de Rui Costa, após a entrega das medalhas. Mas a campanha da selecção portuguesa entusiasmou os adeptos, principalmente a partir da altura em que o seleccionador, o brasileiro Luiz Felipe Scolari, pediu para todos colocarem bandeiras portugueses onde pudessem. Fachadas de edifícios, janelas, varandas, terrenos, automóveis... tudo servia para colocar bandeiras. Cinco anos e meio volvidos desde o Euro 2004. O reverso da medalha da organização terá sido um despesismo exagerado. Três dos dez estádios utilizados - Algarve, Leiria e Aveiro - trasformaram-se em elefantes brancos, com custos de manutenção elevados e uma taxa de utilização reduzida.