Candidato da AD ataca "ambientalismo radical" e fala em milícias armadas nos campos
O antigo presidente da CAP e cabeça de lista da AD por Santarém, Eduardo Oliveira e Sousa, considera que as alterações climáticas estão ser usadas para condicionar a agricultura. Voltou a acusar a ministra da Agricultura de “incompetência” e alertou que os roubos nos campos podem levar à criação de milícias armadas.
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Para Eduardo Oliveira e Sousa os problemas da agricultura “são fruto de pressões de um ambientalismo que se radicalizou”. O antigo presidente da CAP (Confederação dos Agricultores de Portugal) e cabeça de lista da AD por Santarém não nega as alterações climáticas nem a necessidade de as combater mas pede equilíbrio. Considera que "falsas razões climáticas" estão a prejudicar a economia agrícola.
“É preciso encontrar pontos de equilíbrio que permitam a continuidade da atividade e impeçam o abandono do território”, sustentou Oliveira e Sousa, esta quinta-feira, num comício da AD em Santarém, acusando o Governo de António Costa de estar “preso à ideologia radical de uma extrema-esquerda retrógrada”.
Exemplo disso é o problema da seca, que está a afetar sobretudo o Algarve, onde já vigoram medidas restritivas do uso de água. “Não podemos ficar de braços cruzados. É a incompetência que caracteriza a ministra da Agricultura”, atirou Oliveira e Sousa, garantindo que já há empreendedores agrícolas a “fugir” para Marrocos.
“Este Governo não resolveu o problema da água porque não quis. Tem que haver um plano B e existe”, assegurou o candidato, acusando ainda o Ministério da Agricultura de Maria do Céu Antunes de não “falar a verdade”. “Mente-se e engana-se as pessoas sem contemplações. Não se paga a tempo e horas. Não se definem critérios apropriados à realidade cultural”, considerou o candidato, alertando Luís Montenegro para o facto de “muitos agricultores dizerem que, não tarda nada, haverá milícias armadas”, por causa do roubo de cobre nos postes de alta tensão nas zonas agrícolas..
O mesmo se passa como setor das Florestas, atualmente nas mãos do Ambiente e que o líder do PSD, Luís Montenegro, quer que retorne à alçada da Agricultura. “A floresta não é apenas um parque temático ou um armazém de carbono. É economia. Promovem-se plantações às cegas, iludidos por ideologias de extrema-esquerda”, sustentou Oliveira e Sousa, terminando com alegorias de touradas para pedir a Montenegro para "pegar o touro pelos cornos".