Um aposta mais na "quantidade", outro na "qualidade". Mas os dois pretendem o mesmo: fazer uma campanha das diretas de muita proximidade com os militantes do PSD. Luís Montenegro já anda pelo país a correr as sedes do partido com apresentações diárias aos filiados. Jorge Moreira da Silva prefere ações de menor dimensão e de contacto pessoal com o eleitorado.
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"É claramente uma campanha de proximidade para eleger o presidente do PSD", sublinha, ao JN, o diretor da candidatura de Luís Montenegro, antecipando que o ex-líder parlamentar não vai "perder uma oportunidade de aumentar as oportunidades de contacto com os militantes do partido".
"É o que está previsto: multiplicar as oportunidades de contacto de Luís Montenegro com os militantes", reforça Carlos Coelho, adiantando que o candidato, que arranca, na próxima semana, na Madeira, vai fazer questão de ir a todos os distritos do país, além das regiões autónomas.
Ouvir os filiados
A candidatura de Luís Montenegro prevê, assim, que o ex-líder parlamentar, que já anda a correr as sedes do PSD, possa vir a ter "mais do que uma ação de campanha por dia". Segundo Carlos Coelho, a ideia é acumular eventos com a sociedade civil e ações de contacto com os militantes.
Jorge Moreira da Silva prefere, contudo, um estilo mais próximo do debate que manteve com os jovens na comemoração do 25 de Abril. Ou seja, ações de contacto com os militantes mais pequenas, intimistas e com maior duração.
"O candidato tem preocupações muito grandes com o contacto com as pessoas. Gostaria de falar pessoalmente com cada um dos militantes", vinca o diretor da candidatura Miguel Goulão.
Assim, mais do que "ações que mobilizam montanhas de pessoas", o ex-ministro prefere "iniciativas em que os militantes tenham voz, possam falar, esclarecer questões e serem ouvidos". "Entende que o PSD tem que voltar a ser um partido dos militantes", afirma Miguel Goulão, referindo que o candidato não irá descurar, ainda assim, a auscultação da sociedade civil.
Aposta nas redes sociais
Os contactos com a sociedade civil serão, porém, mais recatados. "Este é o momento de ouvir as pessoas", reforça Miguel Goulão, adiantando que as redes sociais não serão esquecidas.
Também Luís Montenegro promete uma grande aposta nas novas plataformas digitais, com presença em todas as redes sociais, além de uma página oficial da candidatura.
41% podem votar
Na véspera do prazo limite para o pagamento das quotas, eram 35 381 os militantes com capacidade eleitoral, ou seja, 41,3% de um total de 85 527 filiados.