O celibato e a eutanásia marcaram a homilia do cardeal-patriarca, este domingo, em Lisboa, na ordenação de cinco sacerdotes.
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D. Manuel Clemente referiu-se à opção pelos pobres e ao celibato e alertou para "limitações físicas" e de "ordem educativa e cultural" que marcam o crescimento. "Há limitações físicas, nalguns casos, que pedem resposta clínica competente" e "outras se acrescentam de ordem educativa e cultural, quando alguma ideologia ou preconceito contrariam a formação e o crescimento num quadro geral de valores humanizantes", referiu.
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O cardeal-patriarca sublinhou a necessidade de salvaguardar "valores como os que incluem o respeito pela vida, concebida ou fragilizada que esteja, a complementaridade essencial homem/mulher, a igual dignidade de todos ou a abertura à religião transcendente", salientado que "omitir ou contrariar tais valores deforma e entorpece qualquer um".
Depois de vários anos, quase sem ordenações, este domingo foram ordenados cinco novos sacerdotes, três portugueses e dois estrangeiros (de Espanha e da Guatemala). Cumprindo as normas da Direção-Geral da Saúde, o número de presenças no Mosteiro dos Jerónimos foi muito reduzida. Os dois padres estrangeiros não tiveram a família presente na cerimónia devido ao cancelamento das viagens no âmbito da pandemia.