No cargo desde 2011, o padre Carlos Cabecinhas foi reconduzido para um novo mandato como reitor do Santuário de Fátima.
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A nomeação é confirmada ao JN pelo gabinete de comunicação da Diocese de Leiria-Fátima, segundo o qual o decreto de recondução está a ser ultimado e será tornado público em breve. "Não foi publicado ainda, devido a atrasos administrativos motivados por férias do pessoal e por decorrerem as festividades pascais", informa o gabinete.
Carlos Cabecinhas foi nomeado, a primeira vez, em abril de 2011, substituindo no cargo Virgílio Antunes, então promovido a bispo, com a atribuição da titularidade da Diocese de Coimbra.
Designado para um mandato de cinco anos, como determinam os estatutos do Santuário de Fátima, Carlos Cabecinhas viu esse período ser prolongado por mais um ano, com a renovação a acontecer a 22 de dezembro de 2017, uma prorrogação justificada com as celebrações do Centenário das Aparições e com a preparação da visita do Papa Francisco à Cova da Iria.
"Efetivamente, os estatutos [do Santuário de Fátima] dizem que o mandato é de cinco anos. No entanto, o reitor, decorrido esse tempo, continuará sempre em funções até nova nomeação/recondução", esclarece o gabinete de comunicação da Diocese de Leiria-Fátima.
Também o segundo mandato de Carlos Cabecinhas acabou por ser estendido por mais alguns meses. Devia ter terminado no final de 2022, mas só agora está a ser renovado.
Segundo aqueles estatutos, o reitor é nomeado pelo bispo de Leiria-Fátima, depois de consultado o Conselho Nacional do Santuário e da pronúncia da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, que tem de dizer que "nada obsta" à escolha.
A proposta de recondução de Carlos Cabecinhas foi apresentada por D. José Ornelas na última reunião magna dos bispos portugueses, que decorreu na semana passada, em Fátima.
Natural do concelho de Leiria, onde nasceu em 1970, Carlos Cabecinhas foi ordenado padre em 1995, precisamente no Santuário de Fátima. Esteve depois como responsável pela formação no Seminário de Leiria e assumiu cargos no Seminário Maior, em Coimbra, até que, em 2011, assumiu a liderança do maior santuário mariano do mundo.