O presidente da Câmara de Lisboa foi a Évora ajudar o “amigo” Luís Montenegro, mas também voltar a incluir a imigração na agenda da campanha, depois das polémicas declarações de Pedro Passos Coelho. Carlos Moedas acusou o PS de ter criado “atentados contra a dignidade humana” e pediu regras na política de imigração.
Corpo do artigo
“Sim, o nosso país precisa de imigrantes mas, para isso, precisa de uma política verdadeira de imigração. O PS acabou com a imigração, acabou com o SEF, criou o caos”, acusou Carlos Moedas.
Segundo o presidente da Câmara de Lisboa, na capital metade dos sem-abrigo são imigrantes. “Este país que recebe sem dignidade quem procura por uma vida melhor é do PS”, atirou, tentando retirar, assim, qualquer ligação da posição da Aliança Democrática à extrema-direita como foi acenado pelos seus opositores depois da participação de Passos Coelho num comício no Algarve.
“Não podemos tolerar atentados contra a dignidade humana”, afirmou Carlos Moedas, apontando “o que se passa no Alentejo”.
Para o autarca lisboeta, a política de imigração tem que ter regras, que garantam que quem entra no país tem contrato de trabalho e condições para viver com dignidade”. “É disso que estamos a falar. Essa é a posição da AD”, vincou Carlos Moedas, considerando que, no dia 10 de março, está em causa uma escolha entre valores, projetos e ideias. Mas também a alternância democrática. “O PS, nos últimos 30 anos, governou durante 23 anos. Se voltar a ganhar isso significa o falhanço total do sistema de alternância democrática”, considerou o presidente da Câmara de Lisboa.