O candidato derrotado nas eleições internas do PS, José Luís Carneiro, estranha que o novo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ainda não o tenha contactado para "assegurar a unidade e a pluralidade" no partido e admite avançar com listas próprias aos órgãos a eleger no congresso de 5 a 7 de janeiro, em Lisboa.
Corpo do artigo
Ao que o JN apurou junto de fonte próxima, depois das eleições internas de 15 e 16 de dezembro, em que Pedro Nuno Santos saiu vencedor com 62% dos votos, a candidatura de José Luís Carneiro ainda não foi contactada para discutir o futuro do partido de forma que seja assegurada a "unidade e a pluralidade", como foi dito e pedido por José Luís Carneiro no discurso de derrota no último sábado na sede do PS no Largo do Rato, em Lisboa.
Por essa razão, e caso o novo secretário-geral do PS não encete esses contactos, a candidatura de José Luís Carneiro, que representa cerca de 38% dos votos expressos, admite avançar com listas próprias a todos os órgãos que são eleitos em congresso, a saber, a Comissão Nacional, a Comissão Nacional de Jurisdição e a Comissão Nacional de Fiscalização Económica e Financeira. Há disponibilidade para conversar, mas, se não for essa a intenção de Pedro Nuno Santos, também há para apresentar listas a todos os órgãos internos do PS, apurouu o JN junto da mesma fonte.
Contactada pelo JN, fonte oficial da liderança do PS revelou não ter qualquer comentário a fazer neste momento.