Além de haver outros autarcas interessados na aquisição de vacinas que Carlos Carreiras diz ter assegurado, haverá capacidade de produção na região de Lisboa.
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O presidente da Câmara Municipal de Cascais anunciou, nas redes sociais, ter recebido a confirmação de disponibilidade de vacinas alternativas às da AstraZeneca e da Johnson&Johnson para Portugal, tendo já feito contactos com outros autarcas interessados na aquisição, como Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto.
Carlos Carreiras revelou ainda que o acordo, que começou a negociar em janeiro, inclui a possibilidade de cedência de patente para produção do medicamento antivírus em território nacional, numa unidade farmacêutica da Área Metropolitana de Lisboa, desde que assegure a inoculação nos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
"Utilizámos a nossa rede de cidades geminadas para chegar ao contacto de países, laboratórios e multinacionais", explicou Carreiras, num artigo de opinião publicado ontem no jornal "inevitável". Cascais é cidade geminada, entre outras sem produção de vacinas, com Wuxi, na China, o que poderá indicar que o autarca se referia à vacina chinesa.
"É preciso obrigar a EMA (Autoridade Europeia do Medicamento) a ser célere no método e despreconceituosa no julgamento", acrescentou Carreiras, que mencionou ainda o "poder suave" de Portugal para negociar com "Estados com quem as relações europeias tendam a ser mais tensas".
Todo o processo foi tratado, assegurou, "em completa articulação com o Governo". Ao JN, fonte do Executivo recusou comentar ou adiantar mais pormenores.
"A desorganização do Ministério da Saúde, a filosofia de quintal na administração pública, está a boicotar o esforço das autarquias", acusou Carreiras, que o JN tentou também contactar.