Primeira universidade privada a ministrar Medicina autorizada a reforçar número de lugares após garantia de estágios clínicos. Oferta reforçada no concurso deste ano.
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A Faculdade de Medicina da Universidade Católica Portuguesa (UCP) acaba de ter luz verde da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) para duplicar o número de vagas, para cem, do Mestrado Integrado em Medicina. Para esta decisão foram fulcrais os protocolos celebrados pela instituição com unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para assegurar a prática clínica, sendo que o Grupo Luz Saúde é parceiro da UCP. O reforço de lugares arranca já no concurso deste ano.
Foi em setembro de 2020 que a A3ES autorizou o primeiro curso de Medicina numa universidade privada. Na altura, o Mestrado Integrado da Católica foi acreditado condicionalmente por um ano para um total de 50 vagas. Na sequência de um pedido da instituição para aumentar o número máximo de admissões, foi agora autorizada a abrir até 100 lugares, a meta inicial daquela faculdade. Tendo para tal sido determinante o “número significativo de acordos com hospitais e ULS do SNS”, lê-se no parecer consultado pelo JN.
Embora, nota o avaliador, haja “alguma competição com a colocação de estudantes das duas faculdades estatais de Lisboa nos referidos hospitais do SNS”, assume-se que os acordos referidos “são compatíveis com o número de estudantes da UCP para os 100 originalmente previstos”. Em causa estão acordos com os hospitais de Loures, Fernando Fonseca, Vila Franca de Xira, Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto, Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Hospital de Cascais e Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte.
Citado em comunicado, o diretor da Faculdade de Medicina da UCP, António Almeida, afirma que "o aumento do número de vagas ajudará a responder às necessidades crescentes da sociedade por profissionais de saúde altamente qualificados". Revelando, ainda, que a instituição acaba de integrar o Conselho de Escolas Médicas Portuguesas, onde têm assento os diretores das faculdades de Medicina.
Tendo como provas de ingresso os clássicos exames de Biologia, Matemática e Física Química, a faculdade impõe como nota mínima em cada um 14 valores. Quanto a propinas, estão fixadas em dez mensalidades de 1875 euros cada para os estudantes nacionais de 2355 euros para os internacionais.