
Leonel de Castro/Global Imagens
Os Censos 2021 devem ter sido os últimos feitos com base nas respostas dadas por cada cidadão ao questionário do Instituto Nacional de Estatística (INE), assumiu o presidente do conselho diretivo do INE. Francisco Silva admitiu que a informação pode ser conseguida através do cruzamento das bases de dados administrativas, tal como já acontece nos países nórdicos. Nesta última operação censitária, que decorreu em período de pandemia, 99% dos questionários foram respondidos através da Internet.
As medidas de combate à covid-19, assumiu, afetaram as operações no terreno e o cenário de adiamento dos censos chegou a ser equacionado, "como noutros países". No entanto, acabou por se decidir avançar. E bem, garantiu Francisco Lima, apontando que apesar do modelo de questionário ter sido o clássico, "99% das respostas" foram submetidas online.
Menos e mais sós
Os dados, recorde-se, confirmaram a perda de 2,1% da população - em 2021, residiam em Portugal 10 343 066 pessoas, menos 219 mil, relativamente aos Censos de 2011. Foi a segunda quebra na população desde o século XIX. E não fossem os estrangeiros, que aumentaram 37,5% na última década, para 542 314, a perda seria ainda maior.
Os resultados definitivos revelaram um país mais envelhecido, com mais portugueses a viverem sozinhos (um milhão), mais famílias monoparentais que já são um quase um quinto (18,5%) e mais casais reconstituídos (8,8%). Cerca de um quinto da população, 2,07 milhões, vive concentrada em sete municípios do Litoral que equivalem a 1,1% do território nacional.

