O ministro das Finanças, Mário Centeno, apresentou-se na comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos referindo que não irá falar da recapitalização do banco, ainda em negociação.
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"Não falarei deste plano nesta comissão. Assim que oportuno divulgaremos os detalhes e alcance do plano", vincou Mário Centeno, na intervenção inicial na comissão parlamentar de inquérito.
O compromisso do executivo, garante o ministro das Finanças, é o de "dotar a CGD de um plano de negócios credível, exigente e ambicioso quanto ao serviço e qualidade da sua atividade".
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"Este plano de negócios tem sido objeto de uma análise absolutamente exaustiva e rigorosa, em diálogo constante e construtivo com as autoridades europeias. Não falarei deste plano nesta comissão", vincou o titular da pasta das Finanças.
Declarando entender as "discussões e a mediatização que este plano tem gerado", o ministro chamou ainda a atenção: "a qualidade do plano será revista por entidades externas, independentes, a pedido do Governo, à nova administração e, ainda, por acordo com as autoridades europeias".
Mário Centeno está a ser ouvido no parlamento e encerra o primeiro lote de audições na comissão de inquérito. Na quarta-feira foi ouvido o ainda presidente da CGD, José de Matos e na quinta-feira os deputados escutaram as palavras do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.
A comissão de inquérito à Caixa, imposta potestativamente por PSD e CDS-PP, tomou posse a 05 de julho na Assembleia da República, e é presidida pelo deputado do PSD José Matos Correia.
A comissão debruça-se, por exemplo, sobre a gestão do banco público desde o ano 2000 e aborda ainda o processo de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, atualmente em negociação com Bruxelas.
Os trabalhos dos parlamentares são agora interrompidos para férias e a comissão de inquérito retoma a sua atividade no começo de setembro.