Os grandes centros de vacinação no âmbito do combate à covid-19 poderão começar a fechar quando 85% da população estiver vacinada com as duas doses.
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Esta hipótese foi avançada, na manhã desta terça-feira, pelo vice-almirante Gouveia e Melo, atual coordenador da task force responsável pelo plano de vacinação, na visita que efetuou ao centro de vacinação em São João da Madeira.
"Estamos com 80% de primeiras doses, 73% de segundas doses [números de hoje]. Temos que ficar no mínimo 85%, 85%", precisou ao ser questionado sobre o encerramento dos centros de vacinação. Sem precisar datas, assumindo apenas que, "ainda temos muita gente para vacinar".
"Tenho a certeza absoluta que os senhores presidente de Câmara não vão desistir no fim da corrida", afirmou sobre a possibilidade de algumas autarquias prepararem para breve o encerramento dos centros
Gouveia e Melo diz existirem "diversos planeamentos", mas isso "não significa que fecham [os centros] no dia A ou B".
O fecho estará pendente de "como os portugueses vêm ao processo de vacinação ". "Há planos, mas não decisões", reiterou.
Quanto à aplicação de uma terceira dose, reforçou que ainda não há nenhuma decisão sobre o assunto, adiantando que, a acontecer, "não será uma terceira dose generalizada" - motivo pelo qual não haverá necessidade dos atuais centros de vacinação, podendo essas doses vir a ser administradas nos centros de saúde.
Sobre a possível reabertura do centro de vacinação do Queimódromo do Porto diz que "há boas notícias sobre as inoculações dadas", que serão transmitidas "pelas respetivas autoridades". Contudo, "ainda estamos à espera de resultados dos inquéritos".
Informou, ainda, que a vacinação dos jovens com mais de 12 anos engloba um "universo de cerca de 380 mil jovens", tendo já sido vacinado cerca de 50%.