Ofertas pirateadas de soluções digitais e audiovisuais representam uma perda potencial para a economia de 250 milhões de euros, diz a Apritel.
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No mercado português, cerca de 288 mil lares acedem por mês “indevidamente a serviços digitais, a serviços audiovisuais que deviam ser pagos e IPTV (televisão por via da Internet) ilegais, especialmente com uma maior incidência no caso dos jovens”, segundo o secretário-geral da Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas (Apritel).
Pedro Mota Soares considera que a pirataria “é uma situação grave em Portugal”, representando uma perda potencial de 250 milhões de euros. Por esse motivo, a propósito do Dia Mundial da Propriedade Intelectual, defende mecanismos eficazes de combate a este fenómeno.
Tendo em conta que “cerca de 35% das pessoas entre os 15 e os 24 anos ou transmitem ou consomem pirataria”, assinala que se trata de “uma das taxas mais elevadas na União Europeia”, mais concretamente, “a quarta mais elevada”, e classifica a situação de “alarmante”.
“É preciso penalizar a difusão, os grandes piratas, mas também é preciso dar um passo que está a ser feito lá fora e ainda não está a ser feito em Portugal, nomeadamente fazendo uma advertência aos consumidores e até admitindo a aplicação de sanções”, salienta.
Vários países a nível europeu, como Alemanha, Espanha, França e Grécia “já têm sistemas eficazes, que têm também esta advertência e esta sanção”. Portugal “ainda não os tem e está comprovado que os países que já têm estes mecanismos estão a ser mais capazes de permitir que este dinheiro não fuja da economia” e que não se percam postos de trabalho por causa da pirataria.